domingo, 21 de abril de 2013

Texto colaborativo: "Horário de Verão" - Atividade PAFC 2013, Turma 06

Horário de verão. Saí de casa muito cedo, e já estava próximo à Universidade, quando, de repente, me deparei com a mais surpreendente cena: Uma grande confusão de pessoas, todas falando alto, em volta de um carro e um funcionário de uma empresa qualquer. Fiquei assustada, pois automaticamente pensei que se tratava de um corpo, ou algo parecido, porém fiquei surpresa: a discussão girava, literalmente, em torno de uma Araucária centenária. Um morador solicitou e conseguiu ter seu pedido atendido: cortar a árvore que ficava em uma pracinha na frente de sua casa, por afirmar que ela era velha demais e poderia cair a qualquer momento Porém como eu já tive uma experiência como esta e já havia consultado um especialista na área, resolvi intervir, depois de muita discussão. Expliquei que, talvez, a melhor solução seria isolar o local e ver se realmente isso seria mais correto. Então, deixei com eles o endereço do especialista para a consulta. Imediatamente, um dos mais exaltados ligou para o engenheiro florestal que eu havia sugerido. Por incrível que possa parecer, ele estava pelas redondezas e chegou rapidinho. Depois de ouvir ambos os lados, ele analisou a situação. Disse que todos tinham razão: o vizinho por querer cortar e os outros moradores por serem contra o corte. Todavia, em uma cidadezinha do interior, houve dois casos em que galhos de um pinheiro, como aquele, se desprenderam da árvore e acabaram atingindo fatalmente duas pessoas. Como era uma praça pública e frequentada por muitas pessoas, entre elas idosos e crianças, seria realmente um risco deixá-la, e, por outro lado, uma árvore centenária e com risco de extinção, seria uma pena cortá-la. O que acontece é que a maioria das pessoas, especialmente os paranaenses, muitas vezes, nem sabem qual é o símbolo do seu estado. E nessa situação, o da Araucária que poderia ser cortada gerou uma discussão, entre os vizinhos, em torno do pedido solicitado. Como alguém poderia ter feito tal pedido, e ainda mais, tê-lo atendido? Simples, as nossas leis ambientais, cantadas em versos e prosa nos diletos jornais nacionais e internacionais, esqueceram de comentar que no papel as leis são as mais avançadas, bem mais do que em muitos dos países do Primeiro Mundo, mas que, via de regra, nunca são cumpridas ou ainda, que as interpretações dos responsáveis são as mais espúrias possíveis. Sim, infelizmente vivemos num país em que não se aprendeu que leis foram feitas para serem seguidas. Agradeço a participação dos colegas: Coleta, Leila e Itamar do Regente e Cristiane da tutoria.

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